Os 7 Erros ao Usar Modelos de Linguagem na Contabilidade e Como Evitá-los

Introdução

No cenário atual da contabilidade e da gestão fiscal, a tecnologia está se tornando uma aliada indispensável. Ferramentas avançadas, como os modelos de linguagem, exemplificados pelo , , ou , estão revolucionando a forma como os profissionais lidam com tarefas complexas, análises e tomadas de decisão. No entanto, apesar de todo o potencial que essas tecnologias oferecem, o uso inadequado pode resultar em erros que comprometem a precisão, a confiabilidade e, em última análise, a integridade do trabalho contábil.

Este artigo tem como objetivo explorar e analisar os sete erros mais comuns que contadores e profissionais da área fiscal tendem a cometer ao utilizar modelos de linguagem, como o , em suas rotinas. Mais do que simplesmente identificar esses erros, vamos investigar as causas subjacentes a essas falhas e apresentar soluções práticas para evitá-las.

Entenderemos como a personalização dos GPTs, através da criação de bases de conhecimento específicas e do uso de algoritmos bem estruturados nos prompts, pode transformar essas ferramentas em verdadeiras aliadas na busca por eficiência e precisão. A proposta é clara: o e outros modelos de linguagem devem ser usados como ferramentas de suporte, que complementam e amplificam o conhecimento humano, e não como substitutos do discernimento e da responsabilidade profissional.

Ao longo deste artigo, você será guiado por uma análise detalhada de cada erro, acompanhada de soluções práticas e aplicáveis ao seu cotidiano profissional. Vamos mostrar como você pode maximizar o potencial dessas ferramentas, personalizando-as de acordo com as suas necessidades, e garantindo que o poder de comunicação desses modelos seja plenamente explorado, sempre sob a sua supervisão.

Em um mundo onde a automação avança rapidamente, a chave para o sucesso não é apenas adotar novas tecnologias, mas sim utilizá-las de maneira consciente e informada. É fundamental que os contadores ensinem ao ChatGPT como operar de forma eficaz em seus contextos específicos, garantindo que as respostas geradas sejam úteis, precisas e éticas. Como diz o ditado: “Nunca confie numa IA, a menos que você mesmo a tenha criado.” Com isso em mente, vamos juntos explorar como evitar os erros comuns e transformar essas tecnologias em ferramentas que verdadeiramente potencializam o seu trabalho.

Erro 1: Usar como Google e não como Assistente

Descrição do Erro:
Um erro comum que muitos contadores cometem ao utilizar modelos de linguagem, como o ChatGPT, é tratar essas ferramentas como se fossem bancos de dados estáticos. O que isso significa? Ao invés de usar o GPT para ajudar na interpretação e análise de informações, alguns profissionais acabam utilizando-o apenas para extrair dados históricos ou buscar respostas prontas, como se estivessem consultando um repositório de conhecimento factual. Essa abordagem limita consideravelmente o potencial do modelo e pode levar a informações desatualizadas ou fora de contexto, prejudicando a qualidade do trabalho.

Por que Isso Acontece:
Esse erro ocorre principalmente devido à percepção equivocada de que os modelos de linguagem funcionam como enciclopédias ou bases de dados factuais. Muitos profissionais ainda não compreendem que esses modelos foram treinados para prever e gerar linguagem com base em padrões identificados em grandes volumes de texto, e não para armazenar ou recuperar dados específicos e precisos. Essa confusão pode levar a uma confiança excessiva nas respostas do GPT para questões factuais, ignorando o fato de que a ferramenta pode apresentar “alucinações” — ou seja, informações imprecisas ou fabricadas.

Solução:
A solução para esse erro envolve uma mudança de paradigma na forma como o GPT é utilizado. Em vez de enxergar o modelo como uma fonte de dados históricos, os contadores devem começar a utilizá-lo como uma ferramenta para interpretação e contextualização de informações. O verdadeiro valor do GPT está na sua capacidade de ajudar a criar novas estratégias, oferecer insights a partir da análise de múltiplas variáveis e auxiliar na compreensão de cenários complexos. Em resumo, a chave é usar o GPT para ir além do óbvio, promovendo análises críticas e inovadoras.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
Ao customizar um GPT para o contexto específico da contabilidade e da gestão fiscal, é possível direcionar o modelo para fornecer respostas mais relevantes e interpretativas. Um com uma específica e atualizada, ajustada para as necessidades da sua empresa ou área de atuação, pode oferecer uma visão mais contextualizada e estratégica, em vez de respostas genéricas baseadas em dados passados. Isso permite que o contador tome decisões mais informadas e alinhadas com a realidade atual do mercado.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Incorporar algoritmos nos prompts utilizados para interagir com o GPT é uma excelente maneira de guiar a ferramenta para realizar análises mais profundas. Por exemplo, ao criar prompts que incluam múltiplas variáveis e cenários hipotéticos, o modelo pode ser direcionado a considerar diferentes contextos e possíveis desdobramentos antes de gerar uma resposta. Isso não só melhora a qualidade das interpretações oferecidas pelo GPT, mas também permite que o contador explore novas abordagens e estratégias, utilizando a tecnologia de maneira mais eficiente e eficaz.

Erro 2: Confundir Automatização com Assistência Qualificada

Descrição do Erro:
Um erro frequente entre contadores ao utilizar modelos de linguagem como o ChatGPT é tratá-los como ferramentas automáticas para realizar tarefas repetitivas e determinísticas, como cálculos fiscais ou preenchimento de formulários. Essa abordagem pressupõe que o GPT pode funcionar como uma máquina que executa tarefas de forma precisa e consistente, o que pode levar a resultados inconsistentes e, em alguns casos, incorretos. Os modelos de linguagem, por sua natureza, são estocásticos, o que significa que as respostas podem variar mesmo quando as mesmas entradas são fornecidas.

Por que Isso Acontece:
Esse erro geralmente ocorre porque muitos profissionais enxergam os LLMs (Large Language Models) como substitutos diretos para ferramentas tradicionais de automação. Existe uma percepção comum de que essas tecnologias avançadas podem assumir integralmente tarefas repetitivas, dispensando a necessidade de intervenção humana. No entanto, essa visão ignora o fato de que os LLMs não são programados para fornecer resultados consistentes em tarefas repetitivas e que a aleatoriedade inerente ao modelo pode comprometer a precisão, especialmente em contextos que exigem cálculos exatos ou a aplicação rigorosa de regras fiscais.

Solução:
Para evitar esse erro, é fundamental mudar a forma como os LLMs são utilizados. Em vez de confiar cegamente no GPT para automatizar tarefas determinísticas, os contadores devem usá-lo como uma ferramenta assistencial. O GPT pode ser extremamente útil para fornecer sugestões, analisar cenários complexos e oferecer insights que complementem o trabalho manual. No entanto, a revisão e a validação por um profissional humano continuam sendo essenciais para garantir a precisão e a conformidade com as normas fiscais.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
Personalizar um GPT com um foco em assistência analítica pode transformar o modelo em um aliado poderoso. Ao invés de executar tarefas automaticamente, um GPT customizado pode ser ajustado para fornecer análises que complementem a automação existente. Ele pode identificar inconsistências, sugerir diferentes abordagens para resolver problemas fiscais complexos e até mesmo ajudar a interpretar regulamentações. Isso permite que o contador utilize a tecnologia para obter uma visão mais abrangente e detalhada, sem abrir mão do controle humano sobre os resultados finais.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Incluir algoritmos específicos nos prompts é uma estratégia eficaz para orientar o GPT na realização de tarefas mais complexas. Por exemplo, ao criar prompts que segmentam a tarefa em etapas lógicas, o modelo pode ser guiado a realizar cálculos ou revisões com maior precisão. Além disso, esses algoritmos podem incluir verificações automáticas ou etapas que solicitam a revisão humana, garantindo que o GPT forneça um apoio eficaz sem substituir a supervisão necessária. Essa abordagem não só aumenta a confiabilidade dos resultados, mas também assegura que o contador continue desempenhando um papel central no processo, utilizando o GPT como uma ferramenta de suporte, e não como um substituto.

Erro 3: Sobrecarga de Informações

Descrição do Erro:
Um erro recorrente ao usar modelos de linguagem como o ChatGPT é inserir grandes volumes de dados ou informações irrelevantes nos prompts, esperando que o modelo processe tudo com a mesma eficácia. A realidade é que os LLMs (Large Language Models) possuem uma janela de contexto limitada, o que significa que eles só conseguem processar uma quantidade restrita de informações ao mesmo tempo. Quando essa capacidade é excedida, o modelo pode gerar respostas imprecisas, incompletas ou que não abordam adequadamente a questão apresentada.

Por que Isso Acontece:
Esse erro ocorre, em grande parte, devido à falta de entendimento sobre as limitações técnicas dos modelos de linguagem. Muitos profissionais acreditam que podem inserir qualquer quantidade de informações e que o GPT será capaz de lidar com tudo de forma eficiente. No entanto, a janela de contexto tem um limite definido, geralmente de algumas milhares de palavras ou tokens, e qualquer informação que ultrapasse esse limite pode ser ignorada ou mal interpretada pelo modelo. Além disso, a inserção de dados irrelevantes pode diluir a qualidade das respostas, desviando o foco do modelo para detalhes menos importantes.

Solução:
A solução para esse erro é aprender a curar e selecionar cuidadosamente as informações que serão inseridas nos prompts. O segredo está em fornecer apenas os dados mais relevantes e essenciais, que realmente contribuem para a resolução da questão ou análise em questão. Isso não só otimiza o uso da janela de contexto, mas também aumenta a precisão e a relevância das respostas geradas pelo GPT. Para contadores, isso significa focar nos aspectos críticos e específicos de uma situação fiscal ou contábil, garantindo que o modelo tenha todas as informações necessárias, sem ser sobrecarregado.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
Um GPT customizado pode ser configurado para acessar diretamente uma estruturada e otimizada, permitindo que o modelo foque nas informações mais relevantes e ignore dados redundantes ou menos importantes. Isso não só melhora o uso da janela de contexto, mas também assegura que as respostas geradas sejam mais precisas e aplicáveis. Com um , os contadores podem criar fluxos de trabalho que priorizam os dados essenciais, resultando em análises mais eficientes e direcionadas.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Incorporar algoritmos nos prompts é uma estratégia eficaz para maximizar a eficiência do GPT ao lidar com informações complexas. Algoritmos podem ser usados para filtrar, priorizar e organizar as informações antes de apresentá-las ao modelo. Por exemplo, um algoritmo pode ser programado para identificar as variáveis mais críticas e descartá-las nas primeiras etapas do processamento, garantindo que o modelo se concentre apenas nas informações que realmente importam. Isso não só evita a sobrecarga da janela de contexto, mas também garante que as respostas do GPT sejam mais focadas e relevantes para a questão em análise.

Erro 4: Confiança Cega em Respostas

Descrição do Erro:
Um erro comum entre contadores ao usar modelos de linguagem como o ChatGPT é confiar cegamente nas respostas fornecidas pelo modelo, especialmente em áreas que exigem alta precisão, como cálculos fiscais, interpretações de regulamentações e análise de compliance. Essa confiança excessiva pode levar a decisões baseadas em informações potencialmente incorretas ou mal interpretadas, resultando em erros que podem ter consequências significativas, tanto em termos de conformidade quanto de impacto financeiro.

Por que Isso Acontece:
Esse erro geralmente ocorre porque os modelos de linguagem, como o ChatGPT, são vistos como ferramentas avançadas e inteligentes, o que faz com que os usuários sobrevalorizem sua capacidade de fornecer respostas corretas e completas. Além disso, o estilo de comunicação confiante e articulado do GPT pode induzir os usuários a acreditar que as informações apresentadas são sempre precisas e isentas de erros. No entanto, é importante lembrar que esses modelos são propensos a gerar “alucinações” — respostas que podem parecer plausíveis, mas que são factualmente incorretas ou imprecisas.

Solução:
A principal solução para esse erro é adotar uma postura crítica em relação às respostas fornecidas pelo GPT. Isso significa que, independentemente de quão convincente a resposta pareça, ela deve ser sempre validada com fontes confiáveis antes de ser utilizada para tomada de decisões importantes. Em contextos fiscais e contábeis, onde a precisão é crucial, a validação manual se torna ainda mais necessária. Além disso, é fundamental que os contadores estejam cientes das limitações do GPT e utilizem a ferramenta como um complemento ao seu conhecimento, e não como uma fonte final de verdade.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
Customizar um GPT para trabalhar com uma confiável e específica pode reduzir significativamente o risco de erros. Ao alimentar o modelo com documentos verificados, regulamentos atualizados e outras fontes seguras, você aumenta a probabilidade de que as respostas geradas sejam precisas e relevantes. No entanto, mesmo com essas personalizações, a revisão e a validação humanas permanecem essenciais para garantir a conformidade e a precisão dos resultados.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Incorporar algoritmos nos prompts pode ser uma medida preventiva eficaz contra erros de confiança excessiva. Algoritmos podem ser programados para solicitar verificações cruzadas ou apontar potenciais inconsistências nas respostas fornecidas pelo GPT. Por exemplo, ao realizar um cálculo fiscal complexo, um algoritmo pode ser utilizado para comparar os resultados gerados com valores esperados ou padrões conhecidos, alertando o usuário sobre qualquer discrepância que necessite de uma análise mais aprofundada. Isso garante que o contador seja constantemente alertado sobre a necessidade de validar as informações antes de usá-las, promovendo um uso mais seguro e responsável da ferramenta.

Erro 5: Comandos pobres

Descrição do Erro:
Um erro frequente ao utilizar modelos de linguagem, como o ChatGPT, é não fornecer instruções claras e detalhadas, esperando que o modelo entenda e responda de maneira adequada a questões complexas sem a orientação necessária. Essa abordagem pode resultar em respostas vagas, imprecisas ou até mesmo incorretas, uma vez que o GPT depende fortemente da clareza e da precisão dos comandos fornecidos para gerar resultados relevantes e úteis.

Por que Isso Acontece:
Esse erro geralmente ocorre devido à falta de treinamento ou compreensão sobre como interagir efetivamente com modelos de linguagem. Muitos usuários acreditam que o GPT pode “adivinhar” ou interpretar de maneira correta a intenção por trás de comandos vagos ou incompletos. No entanto, o GPT funciona melhor quando recebe instruções específicas que definem claramente o contexto, os parâmetros e o objetivo da solicitação. A ausência de detalhes leva o modelo a gerar respostas que podem não atender às expectativas ou às necessidades do usuário, especialmente em áreas técnicas como a contabilidade e a gestão fiscal.

Solução:
A solução para esse erro é formular comandos e prompts de maneira clara, detalhada e orientada para o objetivo específico que se deseja alcançar. Ao fornecer ao GPT informações contextuais precisas, delimitar o escopo da questão e especificar os resultados esperados, o contador pode garantir que o modelo gere respostas mais precisas e úteis. Além disso, é importante incluir exemplos concretos ou formatar perguntas de forma estruturada, de modo que o GPT possa entender exatamente o que se espera dele.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
Personalizar um GPT para o contexto específico da sua empresa ou área de atuação pode ajudar a estabelecer padrões de comandos que garantam consistência e alinhamento com as necessidades do negócio. Ao configurar o GPT para responder a partir de uma base de conhecimento específica e com exemplos e casos já padronizados, os contadores podem garantir que o modelo siga um fluxo lógico e produza respostas que estejam em conformidade com as expectativas do usuário. Isso melhora significativamente a dirigibilidade do modelo e a qualidade das respostas geradas.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Incorporar algoritmos nos prompts é uma maneira eficaz de guiar o GPT ao longo de processos específicos, garantindo que ele siga um fluxo de raciocínio lógico e estruturado. Algoritmos podem ser utilizados para decompor uma questão complexa em partes mais simples, orientar o modelo sobre como priorizar informações e estabelecer parâmetros claros para a resposta. Por exemplo, em uma análise fiscal, o pode ser programado para primeiro identificar as variáveis principais, depois comparar diferentes cenários e, por fim, sugerir a melhor abordagem. Isso resulta em respostas mais precisas, dirigidas e alinhadas às necessidades específicas do usuário, tornando o processo mais eficiente e confiável.

Erro 6: Assumir que o GPT Pode Substituir a Interpretação Profissional

Descrição do Erro:
Um erro crítico ao usar modelos de linguagem como o ChatGPT é acreditar que eles podem fornecer interpretações legais definitivas ou substituir o julgamento de um profissional qualificado em questões fiscais e contábeis. Embora esses modelos sejam capazes de processar e apresentar informações complexas, eles não possuem a capacidade de entender nuances legais ou aplicar julgamentos contextuais que são essenciais em interpretações legais. Confiar inteiramente em um GPT para interpretar leis ou regulamentações pode resultar em aconselhamento impróprio, com implicações sérias para a conformidade legal e fiscal.

Por que Isso Acontece:
Esse erro geralmente ocorre devido à superestimação das capacidades dos modelos de linguagem. Muitos usuários, ao verem a habilidade do GPT de gerar respostas articuladas e convincentes, podem presumir que ele pode substituir o conhecimento especializado de um contador ou advogado em questões legais. No entanto, os LLMs não têm a capacidade de compreender o contexto legal completo ou aplicar princípios jurídicos de maneira precisa, o que é necessário para uma interpretação legal correta. Isso pode levar a interpretações simplificadas ou incorretas de leis e regulamentos complexos.

Solução:
A solução para esse erro é reconhecer que, embora o GPT possa ser uma ferramenta útil para auxiliar na análise de textos legais e na identificação de questões relevantes, ele nunca deve ser usado como a única fonte de interpretação legal. O papel do contador ou advogado é insubstituível quando se trata de aplicar leis de forma precisa e contextualizada. Os profissionais devem utilizar o GPT para complementar suas análises, mas sempre realizar a interpretação final das leis e regulamentos com base em seu próprio conhecimento e experiência.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
GPTs customizados podem ser ajustados para fornecer informações de maneira estruturada e clara, facilitando a revisão por profissionais humanos. Ao configurar o GPT para evitar emitir julgamentos legais definitivos e focar em fornecer dados e referências que possam ser analisados pelo contador, o modelo se torna uma ferramenta de apoio que complementa, mas não substitui, o julgamento profissional. Isso ajuda a garantir que as interpretações legais sejam feitas de maneira precisa e em conformidade com a legislação vigente.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Incorporar algoritmos nos prompts é uma maneira eficaz de garantir que o GPT se mantenha dentro dos limites de sua capacidade. Algoritmos podem ser programados para direcionar o modelo a apresentar apenas as informações objetivas e as implicações básicas de diferentes interpretações, sem sugerir uma aplicação legal específica. Além disso, os algoritmos podem solicitar que o GPT destaque áreas que requerem uma revisão mais detalhada por um profissional, garantindo que a interpretação final seja feita por alguém com o conhecimento necessário para compreender todas as nuances e implicações legais envolvidas.

Erro 7: Subestimar a Necessidade da Intervenção Humana Crítica

Descrição do Erro:
Um erro comum ao usar modelos de linguagem como o ChatGPT é presumir que a ferramenta pode substituir completamente a intervenção humana no processo de análise e tomada de decisões fiscais ou contábeis. Alguns profissionais podem cair na armadilha de delegar todo o trabalho ao GPT, acreditando que a tecnologia pode realizar todas as tarefas de forma autônoma e sem a necessidade de supervisão. Essa abordagem desconsidera o papel crucial que o contador desempenha na interpretação, contextualização e aplicação das respostas geradas pelo modelo.

Por que Isso Acontece:
Esse erro ocorre frequentemente devido à percepção errônea de que os modelos de linguagem avançados são capazes de operar de maneira completamente independente e fornecer resultados precisos sem necessidade de validação humana. A confiança excessiva na tecnologia pode levar os profissionais a negligenciar seu próprio papel na análise crítica e no julgamento das informações fornecidas pelo GPT. Isso pode resultar em decisões mal fundamentadas ou na aplicação inadequada de práticas contábeis e fiscais.

Solução:
A solução para esse erro é lembrar que o GPT deve ser visto como uma ferramenta de apoio, e não como um substituto para o julgamento humano. O contador deve sempre desempenhar um papel ativo na revisão, interpretação e aplicação das informações geradas pelo modelo. Isso significa que o GPT deve ser usado para complementar o conhecimento e a experiência do profissional, e não para substituir sua intervenção crítica no processo. É fundamental que o profissional esteja envolvido em todas as etapas, desde a configuração dos prompts até a análise final dos resultados.

Como GPTs Customizados Podem Ajudar:
Neste caso, o GPT customizado, juntamente com os algoritmos desenvolvidos, torna-se uma extensão direta da análise e do julgamento do próprio profissional. Ao criar e programar o GPT, o contador está essencialmente materializando sua expertise, direcionando o modelo para atuar de acordo com seus critérios e expectativas. Isso é feito através da curadoria cuidadosa do conteúdo que alimenta o GPT e da configuração dos algoritmos que guiam o modelo nas tarefas. Dessa forma, o GPT não age de maneira independente, mas sim como um reflexo das decisões e do conhecimento do profissional, garantindo que as respostas geradas estejam alinhadas com as melhores práticas contábeis e fiscais.

Como Algoritmos nos Prompts Podem Ajudar:
Assim como o GPT customizado, os algoritmos criados pelo usuário são a concretização do julgamento e da análise profissional. Ao programar algoritmos específicos nos prompts, o contador está incorporando sua própria lógica e critérios de decisão diretamente no processo, garantindo que o GPT opere dentro dos parâmetros definidos por ele. Isso significa que, embora o GPT e os algoritmos executem tarefas de maneira automatizada, eles estão, na verdade, seguindo as diretrizes e a lógica estabelecidas pelo profissional, assegurando que o modelo funcione como uma extensão do conhecimento humano, e não como um substituto.

Em suma, tanto o GPT quanto os algoritmos são ferramentas que materializam o julgamento e a análise do contador, reforçando a importância da supervisão e intervenção humanas em todas as etapas do processo contábil e fiscal. O profissional continua a ser a peça central na garantia de que as decisões tomadas são corretas, éticas e alinhadas com as necessidades específicas do contexto em que atua.

Conclusão

Ao longo deste artigo, exploramos os sete erros mais comuns que contadores e profissionais fiscais podem cometer ao utilizar modelos de linguagem como o ChatGPT em suas rotinas diárias. Desde o uso inadequado dessas ferramentas para extrair dados, até a perigosa tentação de confiar cegamente nas respostas geradas, cada erro representa uma oportunidade para melhorar a maneira como essas tecnologias são integradas ao trabalho contábil e fiscal.

A chave para evitar esses erros está em compreender que o verdadeiro valor dos modelos de linguagem reside na sua capacidade de comunicação e assistência, e não na automação ou na substituição do julgamento humano. Ferramentas como o ChatGPT são poderosas quando usadas como complementos ao conhecimento e à expertise do contador, fornecendo insights, sugestões e análises que potencializam a tomada de decisão.

Ao customizar os GPTs e desenvolver algoritmos específicos, o contador não só maximiza a eficácia dessas ferramentas, mas também as molda de acordo com sua própria experiência e critérios profissionais. Nesse processo, o GPT e os algoritmos se tornam uma extensão do profissional, materializando sua análise e julgamento. Essa personalização garante que as respostas e análises fornecidas pelo modelo estejam alinhadas com as melhores práticas e as necessidades específicas do contexto em que o contador atua.

No entanto, é crucial lembrar que, independentemente do quão avançada a tecnologia se torne, o papel do contador é insubstituível. O GPT deve ser ensinado e orientado pelo profissional, e nunca o contrário. Como dito, “Nunca confie numa IA, a menos que você mesmo a tenha criado.” Isso significa que a supervisão humana é essencial em todas as etapas do processo, desde a configuração inicial dos prompts até a validação final das respostas geradas.

Em última análise, a integração bem-sucedida de ferramentas como o ChatGPT na contabilidade e na gestão fiscal depende do equilíbrio entre tecnologia e julgamento humano. Com a abordagem certa, essas ferramentas podem transformar a prática contábil, tornando-a mais eficiente, precisa e informada, sem comprometer a integridade e a responsabilidade que sempre devem estar no centro de qualquer decisão profissional.

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