por Roberto Dias Duarte
Quem nunca passou por dificuldades financeiras na vida? A maior parte das famílias brasileiras já experimentou a sensação de sobrar mês na sua renda. Atualmente, 63,5% da população têm algum tipo de dívida, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Não precisa ser especialista em finanças para saber que a primeira providência é cortar gastos. Com a inflação anual beirando os 10% e o poder de compra diminuindo, a solução é reduzir despesas. Em alguns casos, até mesmo gastos importantes precisam ser reduzidos.
Alguns ainda não entenderam o que a sabedoria dos nossos avós já recomendava: “não gaste mais do que ganha, poupe!”. Os entes públicos federais e estaduais parecem jamais ter recebido, ou então não entenderam tão sábio conselho.
Com dificuldades para fechar as contas, os governantes só entendem a linguagem do aumento de impostos. Reduções pífias de gastos públicos são anunciadas com pompa e circunstância.
Enquanto isso, os serviços públicos continuam dando show de ineficiência, em meio a escândalos de superfaturamento, corrupção e desperdício pipocando a toda hora.
Regalias, privilégios, cartéis, monopólios e lobbies também já estão incorporados ao nosso cotidiano. Todos querem um cartel para chamar de seu. Tudo isso em nome do famoso “direito adquirido”.
Alguns falaram em instituir impostos só para os ricos, bancos e empresas; outros sugeriram recriar a CPMF para renda acima de certo valor, como se não soubessem que quem paga de fato os impostos são os consumidores. Todo o custo tributário é repassado ao freguês.
Enfim, somos todos pagadores de impostos, desde o ventre materno até o pós-morte. Eu, particularmente, não sou um contribuinte, pois abro mão de contribuir com ineficiência, corrupção, desperdícios e privilégios. Quero apenas pagar meus impostos e ter, em troca, um país honesto!